“Vamos usar como escada”, diz Caio Bonfim sobre medalha olímpica

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Caio Bonfim, marchador de Brasília comentou as dificuldades e o feito da medalha inédita em Paris

Raphael CostaStephanie Alves

02/08/2024 12:15, atualizado 02/08/2024 14:11

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Christian Petersen/Getty Images

Athletics Race Walk – Olympic Games Paris 2024: Day 6

1 de 1 Athletics Race Walk – Olympic Games Paris 2024: Day 6 – Foto: Christian Petersen/Getty Images

Cria do Distrito Federal, Caio Bonfim cravou seu nome na história do esporte brasileiro e mundial ao conquistar a medalha de prata na marcha atlética nas Olimpíadas de Paris 2024. Natural de sobradinho, ele conversou com exclusividade com o Metrópoles e contou um pouco sobre os desafios do último ciclo olímpico, sobre a importância de sua conquista e sobre os desafios que a modalidade ainda enfrenta.

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Antes da inédita medalha de prata, Caio viveu momentos de altos e baixos. Nos jogos do Rio 2016, beliscou o pódio e encerrou a prova na 4ª colocação. Em Tóquio 2020, edição que precisou ser adiada por conta da pandemia de Covid-19, o marchador acabou ficando apenas em 19º. Apesar da queda, Caio não se rendeu e persistiu até o resultado em Paris. Ele contou o que o manteve firme no objetivo.

“Ano a ano, é assim que o atleta trabalha. Após o Rio, tivemos um ciclo de diferente, de cinco anos para Tóquio. Não conseguimos fazer um grande resultado, mas fomos medalhistas no Pan-Americano em 2019. Bati recorde Sul-Americano, Brasileiro em 2021. Fiz uma grande temporada no Circuito Mundial”, disse Caio.

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“Fomos para o Campeonato Mundial com o sexto, então estava entre os melhores do mundo em muitos anos. Isso é importante e legal. E aí em 2023, conseguimos ir ainda melhor no circuito mundial, com o campeão do Circuito Mundial campeão e fomos medalhistas no campeonato Mundial. O terceiro colocado tá entre os melhores. Bati o recorde brasileiro com a marca espetacular medalha nos Jogos Pan-Americanos. E você fala cara, como é que eu faço para ter tudo? Como é que vai ser em 2024?”, pontuou.

“A gente sabe chegar entre os melhores é difícil vai se manter entre os melhores é ainda muito mais difícil. A gente tem conseguido ter essa regularidade que foi nos dando confiança. Fui vendo, subindo cada degrau desse. Para chegar neste ano olímpico, conseguimos bons resultados nesse circuito mundial e tentando estar nesse nível de 2023, fizemos uma preparação maravilhosa para esses jogos. Então, graças a Deus foi o suficiente. Então foi esse trabalho de ano a ano, crescimento, sempre com muita esperança foi que nos levou até aqui em Paris”, acrescentou o medalhista